Criminosos assaltam nove garagens do mesmo prédio em São Vicente
sexta-feira, 17 de agosto de 2012Moradores de São Vicente, no litoral de São Paulo, estão assustados com o grande número de assaltos no bairro Vila Valença. Os munícipes contam que a situação piorou recentemente com os criminosos agindo a qualquer hora do dia. A falta de policiamento no bairro também é uma reclamação dos moradores.
Um prédio no bairro é um dos alvos frequentes dos criminosos. Todas as garagens já foram roubadas. “São nove garagens fechadas. Eu sou o último morador que ainda não tinha sido assaltado”, diz o agente de trânsito Renato Barbosa.
Parece até que os criminosos não tem pressa para escapar. “O criminoso voltou na mesma garagem que ele já esteve anteriormente, há 30 dias, onde ele tinha levado duas bicicletas. Quando ele voltou agora, buscou outra bicicleta e levou um pé de pato e uma máscara”, diz o vendedor autônomo Alfredo de Souza.
Seu Antônio e Dona Diamantina moram em uma casa na Rua Pero Vaz de Caminha há mais de 40 anos. Eles contam que muita coisa mudou de lá para cá. Principalmente nos últimos meses por causa da falta de segurança. “A gente vivia tranquilo, sossegado. Hoje em dia é tudo trancado. De cinco meses para cá é só roubo. É carro, cadeiras, não temos sossego“, diz o aposentado Antonio Corralli Filho.
As grades instaladas nas janelas das casas do bairro não evitam os assaltos. “Até as plantas levaram. Cadeiras, bicicleta. Foram 12 cadeiras”, explica a dona de casa Diamantina Corralli. Há três meses o filho do casal foi surpreendido por ladrões quando entrava na garagem. “Ele estava estacionando o carro. Fizeram ele tirar o carro da garagem e levaram, a mão armada. Não tem mais sossego. A gente fica esperando ele quando chega, abre o portão e fica esperando”, diz o aposentado.
Os moradores da Vila Valença estão indignados com a onda de assaltos no bairro. “Pode ser muito cedo, no meio do dia, à noite. Nós perdemos toda a liberdade”, diz a aposentada Raquel Marques Pereira. Ainda de acordo com as vítimas dos assaltos, os crimes acontecem dentro e fora de casa. “À noite entraram no meu micro-ônibus e levaram o tacógrafo, DVD e ferramentas”, diz o transportador escolar Carlos Alberto Souza.
Cadeados, rede elétrica e alarme, de nada adianta. “Quando você menos espera foi assaltado. Agora está assim aqui no bairro. Não era assim. Era sossegado. Eu moro aqui há 15 anos, mas de dois anos para cá ficou feio”, diz o aposentado Luiz Fernando Veríssimo. “Praticamente não temos policiamento. Precisa reforçar e muito. Nós estamos todos presos dentro de casa com medo de sair”, diz Raquel.
Em nota, a Polícia Militar de São Vicente esclarece que age onde as estatísticas apontam o maior número de criminosos, e elas são feitas pelos boletins de ocorrência. A polícia pede ainda que os moradores atentem para as medidas básicas de segurança.
Fonte: G1